Parélio é um fenômeno óptico atmosférico associado principalmente à reflexão e refração da luz solar por pequenos cristais de gelo provenientes de nuvens Cirrus ou Cirrostratus. Frequentemente, dois parélios podem ser observados (um de cada lado do Sol, a 22°, no caso de o Sol estar na linha do horizonte) simultaneamente.

 

A formação do parélio se dá de forma similar ao halo, mas como os cristais de gelo estão com uma orientação diferente, ele se caracteriza apenas como duas manchas coloridas, como duas partes de um halo, a uma determinada distância do Sol, uma de cada lado. Quanto mais alto no céu está o Sol, mais afastado um parélio está do outro. Considerando a condição do Sol no horizonte, o resultado é de parélios a 22º de distância do Sol e, caso haja um halo presente, os mesmos "encostam" no halo.

 

O parélio normalmente mostra um "rabo" esbranquiçado apontando para o lado oposto ao do Sol. Na realidade, esse brilho é formado pelos raios de saída que sofreram desvios maiores. É o equivalente, no halo de 22º, ao brilho esbranquiçado do lado de fora. Como os cristais estão com orientações únicas na nuvem, paralelos à superfície, um número maior de cristais contribui na formação do parélio se comparado ao halo.

 

No halo, muitos cristais simplesmente estão totalmente fora da orientação requerida. A chance de que um cristal esteja devidamente orientado para formar um parélio é maior, por isso esse fenômeno costuma ser mais brilhante que o halo. O rabo esbranquiçado pode até se mostrar forte, com vários graus de tamanho no céu.

 

Em alguns casos os cristais têm pequenos desvios em suas orientações, não estando todos perfeitamente com as bases paralelas à superfície. O parélio, nesse caso, terá um pequeno prolongamento vertical, lembrando realmente um pequeno pedaço de halo. Existe uma altura máxima do Sol em relação ao horizonte em que um parélio pode se formar, que depende da relação entre a altura e a largura dos cristais.

 

A figura abaixo mostra uma simulação em computador de parélios formados para várias alturas do Sol, indicadas na figura, em graus acima do horizonte. O parélio para o Sol no horizonte se forma a 22 graus de distância deste. Para as simulações foi utilizado o software Halosim (por Les Cowley e Michael Schroeder), disponível em http://www.atoptics.co.uk/halo/halfeat.htm. Clique para ampliar.

Simulação em computador mostrando parélios formados para várias alturas do Sol, indicadas na figura, em graus acima do horizonte.

 

Abaixo, fotos de parélios. Clique para ampliar.

 

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Fonte:

 

http://www.astrosurf.com/skyscapes/otica/parelio.htm

 

 

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