Explicações, fotos e vídeos sobre fenômenos naturais
Altocumulus são bancos, lençóis ou camadas de nuvens brancas ou cinzentas, ou simultaneamente brancas e cinzentas, com altitudes entre 2 e 6 km, tendo sombras próprias. Constituem o chamado "céu encarneirado".
As Altocumulus são geralmente compostas apenas por gotículas de água (raramente pode haver cristais de gelo) e se apresentam em bandas paralelas, em massas redondas distintas, ou de aspecto muitas vezes parcialmente fibroso ou difuso, com elementos misturados ou não, dispostos com bastante regularidade. Esses elementos são formados normalmente por convecção e geralmente indicam uma frente fria que se aproxima.
Formam-se em massas de ar instável, quando, na altitude em que se formam, a umidade é moderada e a temperatura é relativamente alta. Parecem-se com Stratocumulus, mas estão a maior altitude e têm células menores. O fato de se verem algumas sombras nelas mostra que elas não são, no entanto, nuvens altas (altitude maior que 6 km). Provocam o fenômeno de corona e iridescência quando sua borda passa pelo Sol ou pela Lua. Em manhãs úmidas e quentes de verão são normalmente um indício de trovoada durante o dia.
As Altocumulus são frequentemente observadas simultaneamente em dois ou mais níveis (Altocumulus duplicatus), significando que esta nuvem ocorre em uma grande faixa de altitudes.
Quase sempre se formam em consequência de turbulência ou convecção em níveis médios, a partir da transformação de Altostratus e Nimbostratus e do desenvolvimento de uma Cumulus ou Stratocumulus nos níveis baixos, mas às vezes elas são formadas em níveis mais altos. Isso pode se dar a partir do aumento de Cirrocumulus ou a partir de Cumulonimbus.
Subtipos:
Castellanus: apresentam, na parte superior, protuberâncias cumuliformes em forma de
pequenas torres, o que dá geralmente a estas nuvens um aspecto denteado. Essas pequenas torres, das quais algumas são mais altas que largas, geralmente ficam sobre uma base comum e parecem
dispostas em linha. São raras. Abaixo, fotos e vídeos de Altocumulus castellanus. Clique para ampliar.
Altocumulus castellanus vistas em João Pessoa, Paraíba, em 23/11/2009 (a partir de 0:13, na parte inferior do vídeo).
Altocumulus castellanus vistas em João Pessoa, Paraíba, em 10/08/2010.
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Floccus: cada elemento da nuvem é constituído por um floco de aspecto cumuliforme, cuja parte inferior, esfarrapada, é
comumente acompanhada de virga (virga é quando os cristais de gelo ou as gotículas de água não conseguem mais se sustentar e caem em forma de vírgula, sem atingir o solo). Abaixo, fotos e vídeos
de Altocumulus floccus. Clique para ampliar.
Altocumulus floccus vistas em João Pessoa, Paraíba, em 14/09/2011.
Altocumulus floccus virga vistas em João Pessoa, Paraíba, em 09/07/2011.
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Stratiformis: apresentam-se expandidas em camadas, ou em lençol horizontal de grande extensão, muitas vezes com ondulações. Abaixo, fotos de Altocumulus stratiformis. Clique para
ampliar.
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Undulatus: são manchas ou camadas de pequenos grãos dispostos em faixas. Elas têm uma aparência ondulada devido ao cisalhamento de
vento e costumam cobrir apenas uma pequena porção do céu. Ocasionalmente, elas formam duas ou mais formas de onda sobrepostas umas sobre as outras. A presença
de Altocumulus undulatus pode indicar precipitação dentro das próximas 20 horas ou simplesmente um dia nublado. Abaixo, fotos e vídeo de Altocumulus undulatus. Clique para ampliar.
Altocumulus undulatus vistas em João Pessoa, Paraíba, em 17/06/2012 (até 0:33).
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Radiatus: apresentam faixas paralelas que, por ilusão de óptica, parecem convergir para um ponto do horizonte ou, quando as faixas atravessam inteiramente o céu, para dois pontos
opostos do horizonte, chamados "pontos de radiação". Abaixo, fotos de Altocumulus radiatus. Clique para ampliar.
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Lacunosus: apresentam-se em bancos, lençóis ou camadas, geralmente muito delicadas, caracterizadas pela presença de filtros límpidos e arredondados, distribuídos de maneira mais
ou menos regular, e dos quais vários apresentam as bordas esfiapadas. Os elementos das nuvens e os furos límpidos estão dispostos, muitas vezes, de tal maneira, que o seu aspecto é o de uma rede
ou de um favo de mel. Abaixo, fotos de Altocumulus lacunosus. Clique para ampliar.
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Duplicatus: apresentam-se em bancos, lençóis ou camadas, superpostas, situadas em níveis próximos e às vezes parcialmente soldadas. Abaixo, fotos de Altocumulus duplicatus.
Clique para ampliar.
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Translucidus: é quando o banco, lençol ou camada de Altocumulus é fino o suficiente para deixar a luz do Sol ou da Lua passar. São geralmente formadas pela transformação de
Altostratus com pequenas células de convecção própria. Abaixo, fotos de Altocumulus translucidus. Clique para ampliar.
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Perlucidus: apresentam-se em banco extenso, lençol ou camada, espesso o suficiente para obscurecer o Sol ou a Lua. Apresenta entre os seus elementos espaços vazios bem
pronunciados, mas às vezes muito pequenos. Somente nesses espaços permite-se perceber o Sol, a Lua, o azul do céu ou as nuvens situadas por cima delas. Abaixo, fotos de Altocumulus perlucidus.
Clique para ampliar.
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Opacus: faz parte do subtipo stratiformis. Apresenta-se como um banco extenso, lençol ou camada, cuja maior parte é suficientemente opaca para esconder totalmente o Sol
ou a Lua. Às vezes apresentam mammatus em sua estrutura. Abaixo, fotos de Altocumulus stratiformis opacus. Clique para ampliar.
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Lenticularis: têm forma de lentes ou amêndoas, geralmente bastante alongadas e cujos contornos estão normalmente bem delimitados; apresentam às vezes iridescência e corona. Estas nuvens aparecem muitas vezes na formação de nuvens de origem orográfica (perto de montanhas), mas elas podem igualmente ser observadas em regiões sem relevo acentuado, embora com menos frequência. Normalmente,
essas "lentes" são quase estacionárias e indicam a aproximação de tempestades, principalmente se forem acompanhadas de iridescência. Abaixo, fotos e vídeo de Altocumulus lenticularis. Clique para ampliar.
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Cumulogenitus: são formadas a partir do crescimento vertical de uma Cumulus, que ao atingir um nível estável não consegue subir e portanto se
espalha, formando folhas de nuvens; nesses casos, em geral, há a evaporação da base da nuvem. Geralmente estão associadas e produzidas em situações de bom tempo, na qual o céu sobre o continente
passa por significativa evolução diurna. Abaixo, fotos de Altocumulus cumulogenitus. Clique para ampliar.
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Fontes:
http://www.master.iag.usp.br/ensino/Sinotica/AULA05/AULA05.HTML
http://www.fisica.ufc.br/lfnm/html/nuvens.html
http://www.humanities.uci.edu/users/td/clouds.html
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