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Um buraco fallstreak ou buraco nas nuvens é uma grande abertura mais ou menos circular que pode aparecer em nuvens Cirrocumulus ou Altocumulus. Esses buracos são formados quando a temperatura da água nas nuvens está abaixo do congelamento, mas a água não congelou ainda devido à falta de nucleação das partículas de gelo.

 

Quando uma porção de água inicia o congelamento, desencadeia um efeito dominó, fazendo o vapor ao redor dela congelar e assim cair para o solo. Isso deixa um grande buraco, muitas vezes circular, na nuvem.

Os buracos também costumam apresentar nuvens no mesmo nível ou mais baixas, geralmente Cirrus, na região central, em forma de virga. Uma explicação seria que a precipitação que origina o buraco cria uma nova descompressão ao cair, com o vácuo atraindo as nuvens próximas para o centro e para baixo. Outra explicação é que a perturbação causada pela precipitação, de alguma maneira, geraria a formação de novas nuvens.

Essas teorias tentam explicar como os buracos são formados, mas não esclarecem o que os produz (o que desencadeia a precipitação de apenas parte do vapor e do gelo). Esse incômodo não é novo, já havendo certo consenso de que a causa deve ser alguma perturbação externa.

Em 1968, uma fotografia desse buraco gerou um interesse considerável pela Comunidade Meteorológica dos EUA e desencadeou uma série de especulações sobre a sua causa.

 

A maioria dos mecanismos propostos focavam em que algum padrão atípico de evaporação poderia ter ocorrido, incluindo a descendência de ar remanescente do olho de um furacão e o aquecimento local do ar em trilhas de dissipação, meteoros passantes ou calor produzido pela passagem de um avião a jato.

 

Também foi sugerido que os canais de inversão dos jatos podem ser uma fonte de partículas de gelo que cresceriam com as gotículas preexistentes nas nuvens.

Muitos rastros de dissipação e buracos fallstreak são fotografados por satélite, em regiões de grande tráfego aéreo. O vácuo do deslocamento das aeronaves cria condições para a precipitação de apenas uma parte do material suspenso, apesar dos motivos disso ainda não terem sido precisamente identificados.

Quanto às nuvens da parte central do buraco, elas também deixam questões. Algumas vezes, se estendem profundamente na direção do chão, como se alguma coisa mais densa que a chuva tivesse mergulhado para o solo através da cortina de nuvens.

 

Outras vezes, sua composição é consideravelmente diferente das que se encontram ao redor da formação, sugerindo que não foram elas as atraídas para a posição ou, ainda, estão altas demais para evidenciar que a precipitação inicial as formou.

Os cientistas explicam que quando um avião atravessa nuvens a menos de -10ºC, chamadas super frias pelos investigadores, o efeito das hélices pode ser suficiente para congelar espontaneamente as pequenas gotas de água da nuvem e formar cristais de gelo que vão crescendo à medida que mais gotas se vão unindo à “bola de gelo”. É precisamente esta reação em cadeia de formação de cristais de gelo, que pode durar várias horas depois da passagem de um avião, que dá lugar aos buracos nas nuvens.

 

Abaixo, fotos de buracos fallstreak. Clique para ampliar.

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Fontes:

 

http://www.ufologiaobjetiva.com.br/buracos-fallstreak

 

http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Os-avioes-aumentam-as-quedas-de-neve-e-de-granizo-nas-proximidades-dos-aeroportos

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Fallstreak_hole

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Tor_Bergeron

 

http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=7362

 

 

SIMON, A. Dissipation d’un altocumulus sur le passage d’un avion a reaction. J. Rech. Atmos, v. 2, p. 36-38, 1966.

 

 

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