Casos de acidentes, envolvendo raios, famosos no Brasil
1. Praia da Enseada, Guarujá, São Paulo
Em 13 de janeiro de 2014, por volta de 15h30min, uma turista de Ribeirão Pires, São Paulo, Rosângela Biavati, de 36 anos, morreu após ter sido atingida por um raio na Praia da Enseada, em Guarujá, São Paulo. A vítima recebeu a descarga elétrica poucos segundos depois de ter entrado no mar, enquanto chamava o filho e os sobrinhos para voltarem à areia.
Rosângela estava com um grupo de 12 amigos e familiares para passar o dia na cidade litorânea. O irmão da vítima, Elias Biavati, contou que eles estavam no local desde o meio-dia, quando, por volta das 15h, o tempo fechou.
Antes do acidente fatal, a vendedora tinha acabado de descer de uma caminhonete parada na areia da praia e, junto com um grupo de pessoas, ignorou os avisos de que uma tempestade se aproximava. Momentos antes, ela tinha aberto a porta do carro, deixado um objeto dentro, e ido ao encontro do que viria a ser sua morte.
Ao ser atingida pelo raio, ela foi automaticamente resgatada pelo grupo, que teve o reforço de outras pessoas que estavam na praia. Durante aproximadamente dois minutos, eles tentaram fazer massagem cardíaca, mas sem sucesso. Colocaram-na então no veículo e a levaram para o Posto 11, do Corpo de Bombeiros, que fica 50 metros distante do local da ocorrência.
Outras pessoas que também estavam na faixa de areia sentiram a descarga, mas não sofreram ferimentos graves.
Os guarda-vidas, que estavam abrigados naquele momento atendendo a um alerta do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), viram o carro se aproximando e ajudaram na tentativa de reanimação. Uma viatura foi chamada e a mulher imediatamente foi encaminhada à UPA Enseada, a unidade mais próxima de pronto-atendimento.
"No pronto-socorro ela chegou a recobrar o pulso, mas veio a óbito em seguida", disse o capitão Ricardo Pelliccioni, do GBMar.
Antes, a corporação tinha dado o alerta para que os guarda-vidas avisassem às pessoas que saíssem da praia e se abrigassem.
Tratou-se da primeira morte por raio em 2014 na Baixada Santista. De 2000 a 2012, houve 13 mortes por este motivo na região, segundo informações do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A descrição acima, do momento da tragédia, só foi possível porque imagens foram capturadas pelo repórter fotográfico Rogério Soares, que passava pelo local naquela tarde. Ele estava circulando com o carro pela Praia da Enseada para fazer imagens gerais da orla quando o grupo lhe chamou a atenção.
Primeiro, porque estava com o carro na areia, o que é proibido. Segundo, porque ele achou extremamente perigoso para eles ficarem ali. Entretanto, ao longo do caminho, já tinha visto inúmeras crianças, pessoas jogando vôlei ou mesmo caminhando pela orla em meio à tempestade que se aproximava.
O grupo onde estava a turista morta não era o único se arriscando na orla. Mesmo assim, decidiu fotografá-los. E foi quando um forte estrondo o assustou, a ponto de achar que o raio tinha caído ao seu lado.
Chovia torrencialmente no momento e o fotógrafo estava abrigado no carro, fazendo as imagens com uma teleobjetiva, e ficou chocado ao ver que aquela mulher que ele havia fotografado segundos antes, feliz, entrando na água, estava sendo socorrida. "Foi muito impactante. Foi um misto de horror e tristeza. Não sabia o que fazer".
Soares viu quando as pessoas fizeram massagem cardíaca e a colocaram no veículo. Os raios ainda caíam intensamente naquele momento, em todas as direções. Por sorte, não atingiram outras pessoas, inclusive crianças que estavam perto do local.
"Foi impressionante. Parece que o raio estava só esperando ela entrar, porque tinha inclusive crianças na água naquele momento", conta o fotógrafo.
Os avisos não são suficientes. As pessoas ficam tão ansiosas para ir à praia que não ouvem as recomendações de segurança. O ideal seria que o local fosse evacuado e que ficasse proibida a permanência ali durante um temporal com raios.
2. Cacoal, interior de Rondônia
De acordo com testemunhas, chovia muito na região e vários objetos luminosos estavam sobrevoando a cidade, fazendo com que diversos moradores da cidade acreditassem que Cacoal estava sendo literalmente invadida por discos voadores ou por satélites se desintegrando sobre a atmosfera de Rondônia. Alguns chegaram a afirmar terem visto um meteoro sobre o céu chuvoso.
A "invasão" luminosa foi acompanhada de um violento estrondo que teria sido causado pela queda de um objeto de grandes proporções na área rural da cidade. Ao chegar ao local do "impacto",
testemunhas viram um enorme buraco que se abriu no chão, além de muitas árvores retorcidas e troncos partidos, com muitas árvores arrancadas do solo em um raio de mais de 150 metros.
O intrigante é que, após várias pessoas terem visitado a área, não foi encontrado nenhum indício de que realmente um objeto tenha se chocado com a superfície. Na localidade não havia objeto
algum, nenhuma parte rochosa ou metálica, rastros ou poeira de compactação, odor ou coloração diferente do solo. O que existe são apenas alguns metros de árvores caídas e parte de um barranco
rachado pela tamanha força do suposto "impacto".
A queda de meteoro está descartada, senão haveriam indícios suficientes no local do buraco formado. A reentrada de algum satélite também é praticamente nula, já que os diversos órgãos espaciais
consultados não receberam qualquer informação de rastreio e muito menos a previsão de que algum satélite entraria na atmosfera naquele dia. Nenhum satélite ou sonda espacial captou algo que
pudesse interferir até mesmo na comunicação local.
De acordo com o meteorologista e colaborador do site Apolo11, Daniel Panobianco, a tal luz forte e o barulho estrondoso ouvido por muitos da região, não foi nada mais que um tipo de descarga
elétrica raríssima de acontecer em todo o planeta, o raio-bola, o único evento com energia e proporções suficientes para causar tamanho
impacto severo no solo.
Segundo cientistas do ELAT, Laboratório de Eletricidade Atmosférica do INPE, que receberam as imagens do local da queda, não há dúvidas de que realmente foi um raio-bola que atingiu a região de
Cacoal. O fato é também justificável pelo fato de que na noite em que o ocorreu o fenômeno chovia intensamente na região.
Mas essa não foi a primeira vez que o Estado de Rondônia foi atingido por um raio-bola. No dia 23 de março de 2006, um outro objeto luminoso também foi visto caindo do céu como uma grande bola de
fogo, em uma propriedade na zona rural do município de Monte Negro, centro-norte do Estado, a cerca de 248 km da capital Porto Velho.
Naquela ocasião os estragos foram largamente maiores que o evento recente, quando foram registradas 64 cabeças de gado mortas instantaneamente após a queda súbita do raio-bola.
Após alguns meses um outro evento atingiu novamente o interior de Rondônia, desta vez na zona rural do município de Vale do Paraíso, no centro-leste do Estado. Ali morreram mais 18 cabeças de
gado, atingidas por uma forte descarga elétrica. Ali o solo apresentou as mesmas características observas em Cacoal, com enormes fendas no chão e um vasto número de árvores dilaceradas pela força
do impacto.
3. Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, janeiro de 1994
Dez pessoas foram feridas por um raio enquanto se abrigavam sob duas barracas de praia em Ipanema. Todas sofreram queimaduras de primeiro grau e foram jogadas para longe; uma barraca foi despedaçada e sua dona ficou com as roupas rasgadas. As vítimas tiveram que ser carregadas para o Hospital Miguel Couto, onde se recuperaram e foram liberadas. O que aconteceu, provavelmente, foi que os mastros das barracas agiram como para-raios e não havendo aterramento, a explosão de energia espalhou-se ao redor, atingindo as vítimas.
4. Parque Antártica, zona oeste da cidade de São Paulo, setembro de 1983
Durante um treino do Palmeiras, no Parque Antártica, chovia muito e, de repente, um raio caiu no meio de um grupo de jogadores. Um deles desmaiou, outros três foram derrubados no chão e o técnico da equipe foi atirado a alguns metros de distância. Todos se recuperaram.
5. Morro do Realengo, Rio de Janeiro, janeiro de 1997
Dois adolescentes rezavam no alto do Morro de Gericinó (Realengo) durante uma tempestade. O lugar, descampado, é conhecido como Pedra do Avião. Um raio atingiu os rapazes; um deles foi jogado para cima e rolou pedra abaixo, escapando vivo, com ligeiras escoriações. O outro, no entanto, teve suas roupas reduzidas a frangalhos e morreu, provavelmente de parada cardíaca, já que não havia queimaduras ou traumatismos.
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Fontes:
http://www.brasilescola.com/fisica/raios.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raio_%28meteorologia%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%A2mpago
http://en.wikipedia.org/wiki/Lightning
http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/carga/raio_relampago/
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/raios.htm
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/relamp/relampagos/definicao.php
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/relamp/relampagos/origem.php
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/relamp/relampagos/historia.php
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/relamp/relampagos/tipos.php
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/relamp/relampagos/ocorrencia.na.
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/mitos.php
http://earaios.vilabol.uol.com.br
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/perguntas.e.respostas.php
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/os.raios.e.a.origem.da.vida.php
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/ocorrencias.de.raios.-.outros.
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